GRAVIDEZ E ASMA: COMO LIDAR COM OS SINTOMAS?

Por que a asma é uma preocupação durante a gravidez?

A asma é uma doença pulmonar crônica. Durante a gravidez, a asma pode representar riscos para você e para o seu bebê. Se você está efetivamente tratando sua asma e ela está controlada durante a gravidez, os riscos de complicações relacionadas à asma são muito pequenos ou até mesmo inexistentes. Contudo, se a asma for severa e estiver mal controlada durante este período, existe um aumento no risco de diversos problemas, incluindo:

-Privação de oxigênio para o bebê;

-Enjôos matinais;

-Sangramento vaginal;

-Pressão sanguínea elevada e presença de proteínas na urina, após 20 semanas de gestação (pré-eclâmpsia);

-Restrição do crescimento fetal;

-Complicações de parto e/ou necessidade de parto cesáreo;

-Nascimento prematuro e/ou abaixo do peso;

Em casos extremos, a própria vida do bebê pode ficar em risco.

A gravidez pode piorar a asma?

A asma é classificada em quatro categorias gerais, da mais moderada para a mais severa. Geralmente, a gravidez não afeta a asma; porém, para algumas mulheres, a asma pode sim piorar durante a gestação. Quando isto acontece, geralmente há uma melhora gradual ao longo da gestação. É também possível que a asma piore durante a gravidez, com o aumento dos sintomas entre as semanas 29 a 36 da gestação.

Ainda não se sabe exatamente a razão pela qual a asma melhora para algumas gestantes e piora para outras. Contudo, é possível que algumas mulheres vivenciem uma piora nos sintomas nos meses finais de gestação por terem parado suas medicações ao terem engravidado. Quaisquer mudanças nas suas medicações de rotina também podem ter influência sobre os sintomas da asma.

É seguro tomar medicamentos durante a gravidez?

Todas as medicações tomadas durante a gravidez podem afetar o bebê. Têm-se levantado algumas preocupações acerca do uso sistêmico de glicocorticóides, os quais podem acarretar em uma produção insuficiente de alguns hormônios pelas glândulas adrenais dos bebês logo após o nascimento (insuficiência adrenal neonatal). Contudo, a maioria dos medicamentos para asma pode ser utilizada com segurança durante a gestação. Além disto, é mais seguro tomar os medicamentos para asma durante a gestação do que vivenciar os sintomas da asma neste período, ou mesmo sofrer uma crise de asma. Se você não está respirando, é provável que seu bebê não receba oxigênio suficiente.

Se for preciso tomar remédios para o controle dos seus sintomas de asma durante a gravidez, seu médico deverá prescrever a dosagem mais adequada da medicação. Tome a medicação exatamente como prescrita e não pare de tomá-la, nem ajuste sua dose por conta própria. Dependendo do tipo de medicação que você estiver tomando e dos seus sintomas, seu médico será capaz de monitorar seu controle de asma durante as visitas pré-natais. Em outros casos, talvez seja necessário consultar um pneumologista durante todo o período de gestação.

Caso tenha começado um ciclo de vacinas para alergia antes de engravidar, você poderá continuar a toma-las durante a gestação. Todavia, não é recomendado começar um ciclo de vacinação para alergias após engravidar, pois as mesmas podem causar uma perigosa reação alérgica, como anafilaxia – especialmente no início da terapia, e anafilaxia durante a gestação pode ser fatal para a mamãe e para o bebê.

Eu preciso de testes especiais?

Se você possui asma mal controlada ou de intensidade moderada a severa e/ou se está se recuperando de uma crise de asma, seu médico poderá recomendar uma série de ultrassons a partir da 32ª semana de gestação para monitorar o crescimento de seu bebê e sua atividade. Durante um ultrassom, ondas de som de alta frequência são utilizadas para produzir imagens de seu bebê dentro do útero.

Se seus sintomas de asma estiverem piorando, o médico poderá recomendar o monitoramento fetal eletrônico ou um perfil biofísico – testes pré-natais utilizados para verificar o bem estar do bebê. O monitoramento combina o monitoramento da frequência cardíaca do bebê e o ultrassom fetal. Durante o perfil biofísico, a frequência cardíaca do bebê, sua respiração, seus movimentos, tônus muscular e nível de líquido amniótico são avaliados.

Fonte: Mayo Healthy Lifestyle